Digam o que quiserem do Mainardi mas seus artigos são deliciosos. Devem ser lidos com moderação, porém. Uma overdose como em 'A Tapas e Pontapés' enfastia. Pra não começar a odiar o autor parei de ler o livro pela metade e só retomei a leitura depois de umas 3 semanas. Estava a ponto de me matar ou por fogo no Brasil, ao som de liras.
Comungo da paixão por Voltaire. Swift nunca li, confesso, embora todo mundo conheça 'As Viagens de Gulliver'.
Ultimamente sua coluna já me fez pesquisar a commedia dell'arte, Eleonora Duse e Gabriele D’Annunzio, Boécio. Sobre o vaso sanitário da Toto não precisei de maiores explicações. Usufrui desse mimo no Japão em Dezembro passado, no Strings em Tokyo-Shinagawa. Até em Wakayama tinha uma versão popular da privada japonesa que tem a tampa aquecida que sobe e desce automaticamente.
Confesso porém que "o mecanismo interno que, acionado por controle remoto funciona como um bidê borrifando água morna do centro, da parte dianteira e da parte traseira", causou-me um susto, inicialmente. E diferente do Neorest 550 da Demi Moore, do Brad Pitt, da Madonna, do DiCaprio e do próprio Diogo, os que sentei não tocavam Mozart para abafar os barulhos do banheiro. Mas "também esses não teriam mexido na economia", como Squid.
Sua última coluna começa assim:
"Eu passei oito anos zombando do lulismo. Se agora eu passasse a zombar do dilmismo, que é uma mera pantomima do lulismo, eu me tornaria uma mera pantomima de mim mesmo."
Voltou pra Itália, Veneza. Mas continua impagável, embora acuado.
“Eu vim morar em Veneza para melhorar a qualidade de meus fantasmas. No Rio de Janeiro, eu convivia com o fantasma de Ziraldo. Aqui convivo com o fantasma de Eleonora Duse e de Gabriele D’Annunzio”.
"O problema do Brasil é o excesso de liberdade da imprensa. Quem disse isso, em outras palavras, durante um encontro com sindicalistas baianos, foi José Dirceu. Eu digo o contrário. Eu digo que o problema do Brasil é o excesso de liberdade de José Dirceu."
Marisa e filhos têm cidadania italiana. Lula não teria problemas em ser aceito por lá. Mino já é italiano. O Paulo Henrique e o Zé poderiam surfar no prestígio do chefe e ficar por lá sem problemas. Não fariam a menor falta.
Falta faz o Mainardi...O Ivan Lessa...O Francis.
E um vaso da Toto tocando Mozart em cada banheiro brasileiro abafando alguns ruídos constrangedores.
:);)
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