Padrões de comportamento trancesdem a autonomia intelectual da maioria. Pessoas pensam "assim ou assado" porque querem fazer parte de uma tribo. Caminham por rituais de passagens idiotas sem mesmo questionarem ou pensarem a respeito.
Outro dia na praia, como se já não bastasse me deparar com trogloditas dos troncos quadrados tatuados por toda parte como se estivéssemos no UFC, presenciei uma sessão de ginástica patrocinada por um desses pit bulls mais preocupado em "show off" do que com a própria namorada (bela namorada, diga-se de passagem - "vai pra casa Padilha"[1]).
Fiquei curioso e se tivesse mais coragem até teria puxado assunto. Gostaria de saber se tem algo mais na cabeça além de bombas, bombinhas e energéticos. Me passou a impressão de que não.
Pior que isso é saber que minha filha adolescente adora tais aberrações. Imagem parece ser tudo.
E antes que você me diga que é inveja, não obrigado!!! Passar pela linha de montagem dessa trupe também significa "não pensar" como eles.
Ainda prezo reconhecer a diferença entre sofisma e surfista, entre impérvia e inércia. Ainda acho bom saber alguma coisa sobre a teoria do 'Universo Inflacionário' ou ter lido sobre as 'Veredas Mortas' no Grande Sertão. Ainda me emociono com músicas do Drexler, Yes, Genesis, Chico, Milton, Toninho...
Prefiro ficar com meu físico pífio sabendo a diferença entre mim e os outros.
Neles não consegui discernir diferença alguma. Iguais.
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[1] Jô Soares no Planeta dos Homens, 1980
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