"Os herois estão presos", diz Mano Brown em show com ingressos a R$ 200.
Isso em Dezembro de 2010, em plena ação da polícia carioca e invasão dos morros. http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/848348-os-herois-estao-presos-diz-mano-brown-em-show-com-ingressos-a-r-200.shtml
Francamente, nunca entendi bem essas polêmicas artificiais, a não ser como mais um delírio ou jogada de marketing.
Ok, há sempre a contradição entre o certo e o errado à luz de prismas antagônicos. Gaddafi, por exemplo, acha que é apenas o líder da revolução e uma espécie de Deus, intocável. Lula tem quase a mesma percepção acerca de si mesmo.
Mas Mano Brown, ao subverter a ordem das coisas e polemizar ofendendo o óbvio e defendendo o obscuro, esqueceu uma coisa: bandido é bandido, de farda ou sem ela. Os herois não estão presos porque não há herois... Só o Capitão Nascimento, mas esse só existe no filme do Padilha.
Para evidenciar isso é só pedir a Mano que vá fazer um churrasco - levando a familia inteira - na penitenciária onde estão os traficantes, estupradores e toda sorte de gente boa cuja culpa pelos atos reside nos outros; nós: eu e você.
Para Mano todos eles devem ser como o Cangaceiro Severino de Aracajú, apenas mensageiros da ira de Deus, "inocentes úteis" que merecem o reino dos céus. Mas a vida aqui não é o Auto da Compadecida, de Suassuna, e se Deus utiliza desses artificios, melhor ficar bem longe dele e das hordas de aproveitadores de "inocentes úteis".
Vêm dai a idolatria aos criminosos, de toda sorte. A literatura e a arte estão carregadas disso, uma síndrome de estocolmo ampliada a qualquer crime ou criminoso. Vêm de lá também outras "peças raras" da cultura nacional que para mim não são mais que marketing de si mesmos, sempre subvertendo o statu quo apenas pra criar um outro, seu, pessoal, simétrico, porém não menos injusto.
(...)
Como em "Being John Malkovich", tentei adentrar a cabeça de Mano Brown.
Escuras ruelas, pobreza e descaso.
Eis então que vislumbro um quarto entornando ódio, de tudo, tudo o que ele não foi... mas gostaria de ter sido: rico, playboy, branco, bonito.
O resto é a receita de sempre: mágoa represada que vira ódio e faz recair a culpa exatamente em quem - no fundo - é o arquétipo de seu sonho existencial. Pau nos brancos, ricos, playboys, todos que não ele: "black is beautiful", "todo rico é lixo"(muitos são, mas nada a ver necessariamente com o dinheiro. Já eram lixo antes, mesmo se pobres), "playboy pitbull é tudo fdp" (talvez), "rap é o máximo", "quem não está comigo está contra mim".
Tudo muito simples. De uma simplicidade franciscana... e "asnica".
No filme Rapa Nui de 1994, os 'Orelhas Grandes' e os 'Orelhas Pequenas' resolveram suas diferenças e aversão mútua comendo uns aos outros ("honi soit qui mal y pense", me refiro a costumes antropofágicos). Simples...
Eu cá, como Millôr, dúvido de todos os que ficam ricos com seus "ideais".
O ingresso custava R$200, isso para que ele contasse as mazelas de sua "comunidade" e vida pobre, que aliás, caso não tivesse acontecido, teria impossibilitado sua existência como "mito" do rap nacional e capa da Rolling Stone.
Vamos mal de ídolos, muito mau!!!
Ao ver a convulsão de revoltas no mundo árabe contra todas as ditaturas "perpétuas", ao mesmo tempo em que ouço justificativas para elas de lideres como Fidel e outros ditadores não menos ditadores que Gaddafi, entendo a lógica de Mano.
A culpa das revoltas no Egito, Tunísia e Líbia é dos Estados Unidos, como quer Fidel (e talvez Chávez, Ahmadinejad, etc.). Simplicidade franciscana, de novo.
Nunca houve opressão, cerceamento das liberdades, benesses direcionadas aos acólitos e familiares, um país como filial de uma empresa pessoal, um quintal de casa. É tudo em nome do povo pobre, dos "descamisados", dos pobres de alma e inteligência.
Mano é a perfeita caricatura de um ídolo para um povo estulto, que acredita em qualquer bravata velada a pão e circo. É a luta contra o preconceito com mais preconceito. A luta contra a burrice com mais burrice, contra a violência, com mais violência.
No fundo são todos iguais. A única diferenca é que Gaddafi gosta de enfermeiras ucranianas, Fidel de charutos cubanos - por supuesto -, pitbulls de malhação, brigas e baladas, e Mano, de rap nacional (nacional???).
Já os ricos e Lula, esses gostam mesmo é de dinheiro.
Elucubrações de um caminhante mineiro em terras desconhecidas (e conhecidas também). Cai dentro e descobre...
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Minas Novas por Rosa e Barreto.
Histórico
Por volta de 1727, um grupo de bandeirantes chefiados por Sebastião Leme do Prado localizou a ocorrência de ouro em um dos afluentes do Rio Fanado que, por essa razão, recebeu o nome de Bom Sucesso. A notícia de grandes jazidas atraiu os faiscadores[1]. Entre o Rio Fanado e o seu afluente Bom Sucesso, formou-se o primeiro núcleo populacional, em torno de uma capelinha, erigida em homenagem a São Pedro. Assim nasceu o Arraial de São Pedro do Fanado, que rapidamente prosperou, recebendo, dois anos depois, o título de Vila do Bom Sucesso do Fanado de Minas Novas.
Fonte: IBGE
Guimarães, no 'Grande Sertão: Veredas', inventou um tal "Lindorífico, chapadeiro minas-novense, com mania de aforrar dinheiro", companheiro jagunço de Riobaldo Tatarana na saga rosiana.
Agora Benito Barreto, do mesmo 'Barreto' de Abílio, seu tio-avô e historiador mineiro que viu a construção da nova capital de Minas Gerais, dá vida aos personagens da conjuração mineira na trilogia 'Saga do Caminho Novo' e ressuscita Minas Novas nas memórias do Tiradentes:
"E, de pronto, se dá conta que de todos os seus erros e trapalhadas - e quantos hei cometido e praticado, meu Deus! - fora de todos o maior, mais grave, a vinda intempestiva para o Rio, o que fizera num impensado impulso de revolta e desespero, ante o recuo do comandante Paula Freire e a retirada subsequente, ou manifesta indecisão dos outros, só agora compreendendo que, ao invés de o fazer e vir tentar na Corte, em terreno que, a rigor, não é o seu, um apoio que não tinha em casa, mais lhe aprouvera e à causa, ter-se retirado, por exemplo, para Minas Novas e o Tejuco, ai juntar-se com o padre Rolim e os guerrilheiros do garimpo e deflagarem o levante, mesmo antes ou a despeito da Derrama[2] e sem os outros sócios!" (p. 45)
No capítulo 3, 'De repente, com o Diabo, num rancho, em Minas Novas' do primeiro livro da trilogia, 'Os idos de Maio', mais uma referência. (p. 53)
_______________________________
[1] A faiscação era a pequena extração representada pelo trabalho do próprio garimpeiro, um homem livre de poucos recursos que excepcionalmente poderia contar com alguns ajudantes. No mundo do garimpo o faiscador é considerado um nômade, reunindo-se às vezes em grande número, num local franqueado a todos. Poderiam ainda ser escravos que, se encontrassem uma quantidade muito significativa de ouro, ganhariam a alforria.
Fonte: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=302
[2] No Brasil Colônia, a Derrama era um dispositivo coator contra os "homens-bons" (brancos e ricos), para que estes zelassem pela arrecadação dos quintos reais. O quinto era a retenção de 20% do ouro em pó ou folhetas levado às Casas de Fundição, que a colônia era obrigada a mandar para a metrópole. Correspondia a uma taxa cobrada dos "homens-bons" e que foi fixada em 100 arrobas anuais (1 arroba equivale a aproximadamente 15 quilogramas), ou seja, 1500 quilos. Como não raramente o quinto não era pago integralmente e, os valores não pagos eram acumulativos, era preciso intensificar a cobrança, confiscando-se bens e objetos d'ouro. Essa prática de cobranças de valores para atingir a meta estipulada pela Coroa era chamada de Derrama. O sistema de cobrança dos quintos por Casa de Fundição, com o dispositivo coator da Derrama, foi implantado em 1751, sucedendo ao Sistema da Capitação que tinha levado as Minas Gerais à total miséria. "Ou se extinguia a Capitação, ou Portugal perderia não só as Minas, mas a própria Colônia", afirmou o próprio Marquês de Pombal em suas razões para extinguir a Capitação. Ao final da capitação (1735-1751) e ante o desastre que causara às Minas, os próprios analistas de Mariana, em nome do povo, em carta ao rei, no ano de 1751, vieram a dizer e a afirmar que “concluímos que não há modo mais justo para Sua Majestade arrecadar o seu quinto do que as casas de fundição”. Na verdade, ocorreu apenas uma Derrama promovida pelo Governador de Minas Gerais Luiz Diogo em 1763/1764. De resto, embora a cota de 100 arrobas anuais quase nunca fosse atingida, os "homens-bons" sempre adiaram, emendaram e repactuaram o pagamento da mesma. Entranhados ao poder político, esses "homens-bons", que eram quase-sócios do Estado, conseguiram sempre empurrar com a barriga e adiar as derramas. A partir de 1787-1788, a corrupção dos governantes da Capitania de Minas Gerais, aliada aos boatos de que a Derrama, agora, sem escapatória, iria ser implementada, fez desencadear em vozes mais altas as confabulações que desaguariam na Inconfidência Mineira, ferozmente reprimida pelo governo real de Maria I, mãe do futuro rei Dom João VI e avó de Dom Pedro I do Brasil (Pedro IV de Portugal).
Fonte: Wikipédia
Por volta de 1727, um grupo de bandeirantes chefiados por Sebastião Leme do Prado localizou a ocorrência de ouro em um dos afluentes do Rio Fanado que, por essa razão, recebeu o nome de Bom Sucesso. A notícia de grandes jazidas atraiu os faiscadores[1]. Entre o Rio Fanado e o seu afluente Bom Sucesso, formou-se o primeiro núcleo populacional, em torno de uma capelinha, erigida em homenagem a São Pedro. Assim nasceu o Arraial de São Pedro do Fanado, que rapidamente prosperou, recebendo, dois anos depois, o título de Vila do Bom Sucesso do Fanado de Minas Novas.
Fonte: IBGE
Guimarães, no 'Grande Sertão: Veredas', inventou um tal "Lindorífico, chapadeiro minas-novense, com mania de aforrar dinheiro", companheiro jagunço de Riobaldo Tatarana na saga rosiana.
Agora Benito Barreto, do mesmo 'Barreto' de Abílio, seu tio-avô e historiador mineiro que viu a construção da nova capital de Minas Gerais, dá vida aos personagens da conjuração mineira na trilogia 'Saga do Caminho Novo' e ressuscita Minas Novas nas memórias do Tiradentes:
"E, de pronto, se dá conta que de todos os seus erros e trapalhadas - e quantos hei cometido e praticado, meu Deus! - fora de todos o maior, mais grave, a vinda intempestiva para o Rio, o que fizera num impensado impulso de revolta e desespero, ante o recuo do comandante Paula Freire e a retirada subsequente, ou manifesta indecisão dos outros, só agora compreendendo que, ao invés de o fazer e vir tentar na Corte, em terreno que, a rigor, não é o seu, um apoio que não tinha em casa, mais lhe aprouvera e à causa, ter-se retirado, por exemplo, para Minas Novas e o Tejuco, ai juntar-se com o padre Rolim e os guerrilheiros do garimpo e deflagarem o levante, mesmo antes ou a despeito da Derrama[2] e sem os outros sócios!" (p. 45)
No capítulo 3, 'De repente, com o Diabo, num rancho, em Minas Novas' do primeiro livro da trilogia, 'Os idos de Maio', mais uma referência. (p. 53)
_______________________________
[1] A faiscação era a pequena extração representada pelo trabalho do próprio garimpeiro, um homem livre de poucos recursos que excepcionalmente poderia contar com alguns ajudantes. No mundo do garimpo o faiscador é considerado um nômade, reunindo-se às vezes em grande número, num local franqueado a todos. Poderiam ainda ser escravos que, se encontrassem uma quantidade muito significativa de ouro, ganhariam a alforria.
Fonte: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=302
[2] No Brasil Colônia, a Derrama era um dispositivo coator contra os "homens-bons" (brancos e ricos), para que estes zelassem pela arrecadação dos quintos reais. O quinto era a retenção de 20% do ouro em pó ou folhetas levado às Casas de Fundição, que a colônia era obrigada a mandar para a metrópole. Correspondia a uma taxa cobrada dos "homens-bons" e que foi fixada em 100 arrobas anuais (1 arroba equivale a aproximadamente 15 quilogramas), ou seja, 1500 quilos. Como não raramente o quinto não era pago integralmente e, os valores não pagos eram acumulativos, era preciso intensificar a cobrança, confiscando-se bens e objetos d'ouro. Essa prática de cobranças de valores para atingir a meta estipulada pela Coroa era chamada de Derrama. O sistema de cobrança dos quintos por Casa de Fundição, com o dispositivo coator da Derrama, foi implantado em 1751, sucedendo ao Sistema da Capitação que tinha levado as Minas Gerais à total miséria. "Ou se extinguia a Capitação, ou Portugal perderia não só as Minas, mas a própria Colônia", afirmou o próprio Marquês de Pombal em suas razões para extinguir a Capitação. Ao final da capitação (1735-1751) e ante o desastre que causara às Minas, os próprios analistas de Mariana, em nome do povo, em carta ao rei, no ano de 1751, vieram a dizer e a afirmar que “concluímos que não há modo mais justo para Sua Majestade arrecadar o seu quinto do que as casas de fundição”. Na verdade, ocorreu apenas uma Derrama promovida pelo Governador de Minas Gerais Luiz Diogo em 1763/1764. De resto, embora a cota de 100 arrobas anuais quase nunca fosse atingida, os "homens-bons" sempre adiaram, emendaram e repactuaram o pagamento da mesma. Entranhados ao poder político, esses "homens-bons", que eram quase-sócios do Estado, conseguiram sempre empurrar com a barriga e adiar as derramas. A partir de 1787-1788, a corrupção dos governantes da Capitania de Minas Gerais, aliada aos boatos de que a Derrama, agora, sem escapatória, iria ser implementada, fez desencadear em vozes mais altas as confabulações que desaguariam na Inconfidência Mineira, ferozmente reprimida pelo governo real de Maria I, mãe do futuro rei Dom João VI e avó de Dom Pedro I do Brasil (Pedro IV de Portugal).
Fonte: Wikipédia
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Tudo velho, de novo.
O Brasil da Lula, do PT, do sindicalismo fica cada dia mais previsível, e careta. Para que as coisas continuassem como estão, sem sobressaltos ou grandes mudanças no estilo, squid inventou "Dilma, a muda" e botou o bloco na rua para limpar do senado qualquer vestígio de oposição (que aliás, é uma m... também).
A votação do mínimo e todo o mise-en-scène no congresso foi tão previsível que nem dá mais pra ganhar dinheiro fazendo análise ou futurologia política. Os mais simples prognósticos serão sempre verdadeiros, a menos que venham do Paulo Henrique embasados pela Vox Populi, ai já seria chafurdar em propaganda chapa branca travestida de jornalismo, e errar, é claro (nem sempre a vox do polvo é a vox dei). PH é pig... ele realmente é!!!
Mas voltando à vaca fria e esquecendo o porco, a votação circense no congresso é o exemplo mais fresco e emblemático da política que se faz aqui nesse nosso sítio. Aliás, só o palhaço não precisou se fantasiar de deputado. Pra quê???
As centrais fingem que rompem com o governo, a oposição finge que apita alguma coisa e o governo... bom, o governo desgoverna.
O que me conforta é que a reforma política da Dilma será encabeçada pelo Senhor das Trevas, Sarney. O autor do 'Brejal...' e membro da academia conhece de artes negras. Só não rasga dinheiro em ritual de magia ou macumba (nem ele nem o Edir, nem o PH). Bom, o resultado já sabemos. Dispensamos então os analistas políticos e seus prognósticos.
No mais é esperar pelo próximo vaudeville na votação da matéria.
(...)
Olha, Millôr foi internado dia 04 numa clínica da Gávea após sofrer um AVC (dizem). Era o único de quem ainda se ouvia alguma coisa que valia a pena na imprensa brasileira. Tem o Guilherme Fiuza (Meu Nome não é Johnny), porém sem a mesma verve. De resto, só o óbvio.
Olavo, talvez, mas esse já se mandou para os states.
Acho que se pudesse, "montaria também no porco", amanhã mesmo. Pra aguentar só bêbado ou de longe. Isso ou me tornar mais um obliterado pela ignorância militante, tolo congênito peão do xadrez partidário ou oportunista em busca de benesses, cargo ou sinecuras.
Como não quero morrer de cirrose, nem vender minha alma ao Jurabé do fisiologismo partidário, e no xadrez prefiro as peças mais nobres, melhor pensar em : (1) aeroporto internacional; (2) um destino menos deprimente; (3) ipod no ouvido, Toninho, Wes, Metheny, ELP, Rick Wakeman, Beto, Milton, Led, Stones, etc.
Único lenitivo: permanecer em transe com música boa.
PS Caso opte (como essa palavra ficou feia) pelo aeroporto, evidente que escolherei um vôo que passe bem longe da Venezuela, just to be in the safe side. Vai que dá uma pane... prefiro morrer no oceano Atlântico, bem longe de Huguito.
Parafraseando Fidel, "creo que, como (el arquitecto brasileño Oscar) Niemeyer, debemos ser 'inteligentes' hasta el final."
A votação do mínimo e todo o mise-en-scène no congresso foi tão previsível que nem dá mais pra ganhar dinheiro fazendo análise ou futurologia política. Os mais simples prognósticos serão sempre verdadeiros, a menos que venham do Paulo Henrique embasados pela Vox Populi, ai já seria chafurdar em propaganda chapa branca travestida de jornalismo, e errar, é claro (nem sempre a vox do polvo é a vox dei). PH é pig... ele realmente é!!!
Mas voltando à vaca fria e esquecendo o porco, a votação circense no congresso é o exemplo mais fresco e emblemático da política que se faz aqui nesse nosso sítio. Aliás, só o palhaço não precisou se fantasiar de deputado. Pra quê???
As centrais fingem que rompem com o governo, a oposição finge que apita alguma coisa e o governo... bom, o governo desgoverna.
O que me conforta é que a reforma política da Dilma será encabeçada pelo Senhor das Trevas, Sarney. O autor do 'Brejal...' e membro da academia conhece de artes negras. Só não rasga dinheiro em ritual de magia ou macumba (nem ele nem o Edir, nem o PH). Bom, o resultado já sabemos. Dispensamos então os analistas políticos e seus prognósticos.
No mais é esperar pelo próximo vaudeville na votação da matéria.
(...)
Olha, Millôr foi internado dia 04 numa clínica da Gávea após sofrer um AVC (dizem). Era o único de quem ainda se ouvia alguma coisa que valia a pena na imprensa brasileira. Tem o Guilherme Fiuza (Meu Nome não é Johnny), porém sem a mesma verve. De resto, só o óbvio.
Olavo, talvez, mas esse já se mandou para os states.
Acho que se pudesse, "montaria também no porco", amanhã mesmo. Pra aguentar só bêbado ou de longe. Isso ou me tornar mais um obliterado pela ignorância militante, tolo congênito peão do xadrez partidário ou oportunista em busca de benesses, cargo ou sinecuras.
Como não quero morrer de cirrose, nem vender minha alma ao Jurabé do fisiologismo partidário, e no xadrez prefiro as peças mais nobres, melhor pensar em : (1) aeroporto internacional; (2) um destino menos deprimente; (3) ipod no ouvido, Toninho, Wes, Metheny, ELP, Rick Wakeman, Beto, Milton, Led, Stones, etc.
Único lenitivo: permanecer em transe com música boa.
PS Caso opte (como essa palavra ficou feia) pelo aeroporto, evidente que escolherei um vôo que passe bem longe da Venezuela, just to be in the safe side. Vai que dá uma pane... prefiro morrer no oceano Atlântico, bem longe de Huguito.
Parafraseando Fidel, "creo que, como (el arquitecto brasileño Oscar) Niemeyer, debemos ser 'inteligentes' hasta el final."
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Sucubus
Mais um domingo à noite, tempo em que sua insônia acordava desrespeitosa, levando-o deperto - um zumbi atordoado - até à manhã seguinte. O sono chegaria por volta das seis, como sempre... momento do embate para não adormecer, maldição das segundas. Outro dia negro.
Sempre o mesmo cansaço pelas manhãs, a ida ao trabalho, as tarefas rotineiras que já nao lhe apeteciam mais o espírito.
A longa noite apenas começara, porém.
Deixou a cama, sentou-se à mesa e ligou o computador. Permaneceu por alguns minutos perdido entre sítios irrelevantes, notícias que em nada atenuavam seu dessasossego, até ser surpreendido pela campainha.
Quem seria àquela hora? A casa vazia, inerte e muda. Teve pensamentos pavorosos de violência e desgraças. Assim mesmo foi até a porta com um misto de medo e curiosidade. Pelo olho mágico pensou estar delirando, repetiu o gesto duas, três vezes, a certificar-se de que não enlouquecera.
Um hiato de alguns segundos. Depois arriscou... abriu a porta intrigado.
Um aroma de petúnias soprou dela como se seu vestido púrpura colado ao corpo longilíneo fosse todo feito da solanaceae.
Linda, morena, olhos de musgo e cabelos negros insolentes, longos. Não disse-lhe nada, apenas enlaçou-o, os braços amarrando seu pescoço, hipnotizando-o com as mãos a acariciar seus cabelos, os olhos a contar-lhe mil segredos, lascivos, tudo num átimo. Beijou-lhe a boca... e tinha gosto de mangaba. O corpo quente, opulento, rijo e macio ao mesmo tempo o fizeram flutuar para dentro de casa. Fechou a porta atrás de si já caminhando tropêgo, como se os dois, cartas misturadas do baralho, entrassem um por dentro do outro. Ora ele por cima, ora ela, um magma pulsante a tomar formas diversas, embora compacto por vezes numa forma única.
O vestido foi se despetalando, ao mesmo tempo em que arrancava de si mesmo as roupas de dormir para sentí-la por inteiro contra seu desejo.
Na sala, no chão, no tapete, e ela linda, nua, seios, ventre, sexo, uma miragem.
Bebeu-a como a um vinho raro. Não poupou centimetro de seu corpo, vasculhou sua geografia com a sede e libido de sua boca e língua.
Precisava experimentá-la toda, sua ânsia as vezes provocando gestos incontidos, pequenos saltos aqui e ali, ele indo e vindo a beijar lugares que considerava ter esquecido, passado despercebido.
Penetrou-a já no limite de sua resistência. Úmida e quente ela o fez desfalecer num gozo imoral, ímpio, e por isso mesmo divino.
Acordou com o despertador, na cama, 7:30 AM.
Vasculhou a casa procurando por ela, desesperado, insano. Nada.
Voltou à porta: trancada... por dentro.
Retornou ao quarto pensativo, perscrutou a cama e finalmente notou os vestígios viscosos de sua noite de amor. Polução noturna.
Ai já nem sabia mais se dormia ou se despertara.
Descuidado, apanhou o travesseiro e virou-se na cama.
Era segunda, mas não se importava mais. Iria tentar encontrá-la de novo, saber seu nome, de onde vinha...
Adormeceu minutos depois. Esboçava um sorriso no canto da boca, então. Talvez a graça de quem achara o que estava procurando, mesmo que isso o pussesse diante da possibilidade dos pesadelos.
Valeria o risco. Petúnias e mangabas... trópicos e verão.
Valeria o risco. Petúnias e mangabas... trópicos e verão.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Tinha 16 anos
Belo Horror.
Progressivo rural do Beto e cia.
Obra prima. Instrumental assim não existe mais.
Progressivo rural do Beto e cia.
Obra prima. Instrumental assim não existe mais.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Linha amarela...
O metrô de Budapeste é um dos mais antigos do mundo, depois do de Londres. A linha amarela, ou M1, é a mais velha, data de 1896.
Alguns minutos de espera e uns vagõezinhos barulhentos, amarelos (claro), surgem como que de um fosso escuro, trazendo-me a lembrança do precário trem fantasma do Parque Guanabara na Belo Horizonte dos meus anos matinais.
Lembro-me de deixar o hotel à beira do Danúbio e ir a pé até a estação da praça Vörösmarty tér, descer a escadaria, comprar o ticket na máquina para depois apresentá-lo aos fiscais - quando estes apareciam por lá para a "incerta" que refresca em nossas cabeças razão suficiente para pagar pelo transporte; a psicologia bem prescreve que o estímulo aversivo deve ser manutenido em "blitz" como aquela, para manter o receio do dolo em nossas consciências. Do resto a dúvida se encarrega.
Confesso que compraria o ticket de qualquer jeito, porém. Não tenho dificuldade em seguir determinadas regras. Algumas parecem-me mais que justas. O que dói mesmo é pagar 40% de impostos para financiar a corrupção nacional e a vida de nababo desses infames "representantes do povo", brasileiro.
Na Vörösmarty tér não me lembro de catracas. É uma estação bem pequena, diga-se de passagem. Era só descer a escadaria e esperar pelo trem.
Tomava aquele carrinho amarelo e saltava uma estação depois, na Deák Ferenc tér. Essa maior, bem maior.
Dali pegava a linha azul, M3, e saltava na Árpád híd, de onde andava mais uns cinco minutos até o escritório.
O verão em Budapeste compensaria qualquer coisa. A ida para o trabalho de metrô já era por si só um deleite.
2007. Saudade de tudo.
Por vezes gostaria de não ser eu mesmo, ser outro. Hoje, por exemplo, gostaria de ser húngaro.
“Húngaro é a única língua que até o diabo respeita”, diria Chico.
Nenhum trem fantasma no mundo seria mais assustador que deparar-se com um maluco devidamente paramentado vociferando em húngaro impropérios a esmo.
Para um diria "egyenesen a pokol", e mostraria-lhe a cruz de prata salpicando-lhe água benta feito um Van Helsing magiar. Para outro gritaria "piszkos kutya meghal", e atravessaria-lhe o coração com uma estaca de madeira.
Depois tomaria de novo o trem e bancaria o aratógép com os que sobrassem, ceifando cabeças errática e impiedosamente.
Na catacumba dos seres das trevas tupiniquins isso seria extremamente útil.
Pena que em Brasília só haja trem da alegria.
Alguns minutos de espera e uns vagõezinhos barulhentos, amarelos (claro), surgem como que de um fosso escuro, trazendo-me a lembrança do precário trem fantasma do Parque Guanabara na Belo Horizonte dos meus anos matinais.
Lembro-me de deixar o hotel à beira do Danúbio e ir a pé até a estação da praça Vörösmarty tér, descer a escadaria, comprar o ticket na máquina para depois apresentá-lo aos fiscais - quando estes apareciam por lá para a "incerta" que refresca em nossas cabeças razão suficiente para pagar pelo transporte; a psicologia bem prescreve que o estímulo aversivo deve ser manutenido em "blitz" como aquela, para manter o receio do dolo em nossas consciências. Do resto a dúvida se encarrega.
Confesso que compraria o ticket de qualquer jeito, porém. Não tenho dificuldade em seguir determinadas regras. Algumas parecem-me mais que justas. O que dói mesmo é pagar 40% de impostos para financiar a corrupção nacional e a vida de nababo desses infames "representantes do povo", brasileiro.
Na Vörösmarty tér não me lembro de catracas. É uma estação bem pequena, diga-se de passagem. Era só descer a escadaria e esperar pelo trem.
Tomava aquele carrinho amarelo e saltava uma estação depois, na Deák Ferenc tér. Essa maior, bem maior.
Dali pegava a linha azul, M3, e saltava na Árpád híd, de onde andava mais uns cinco minutos até o escritório.
O verão em Budapeste compensaria qualquer coisa. A ida para o trabalho de metrô já era por si só um deleite.
2007. Saudade de tudo.
Por vezes gostaria de não ser eu mesmo, ser outro. Hoje, por exemplo, gostaria de ser húngaro.
“Húngaro é a única língua que até o diabo respeita”, diria Chico.
Nenhum trem fantasma no mundo seria mais assustador que deparar-se com um maluco devidamente paramentado vociferando em húngaro impropérios a esmo.
Para um diria "egyenesen a pokol", e mostraria-lhe a cruz de prata salpicando-lhe água benta feito um Van Helsing magiar. Para outro gritaria "piszkos kutya meghal", e atravessaria-lhe o coração com uma estaca de madeira.
Depois tomaria de novo o trem e bancaria o aratógép com os que sobrassem, ceifando cabeças errática e impiedosamente.
Na catacumba dos seres das trevas tupiniquins isso seria extremamente útil.
Pena que em Brasília só haja trem da alegria.
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Nova Ordem I
Demorei 20 anos para conseguir comprar (e ler) o último livro da tetralogia 'Os Guaianãs', do Benito Barreto: 'Cafaia'.
Em meu último aniversário ganhei 'Criação Imperfeita', do Marcelo Gleiser. Já vinha lendo os 'Ensaios Céticos' do Russell quando resolvi também comprar 'Lulismo' do Rudá Ricci e '1808' do Laurentino Gomes.
Havia terminado então a leitura das 'Reflexões sobre um Século Esquecido...', do Judt.
O resultado foi um caldeirão contraditório.
Ao mesmo tempo em que me emocionava com o desfecho da epopéia sertaneja do Guaianã, embora hoje anacronica, depois de dissecadas todas as revoluções comunistas, seus Kmers Vermelhos, Expurgos e Holodomores, totalitarismos grotescos analisados por Judt, deparava-me com a verdade científica da fisica quantica e a origem da matéria. De nossa solidão num universo frio e em expansão acelerada e da raridade no cosmo das condições necessárias à sopa pré-biótica para produzir organismos vivos de alta complexidade molecular como nós, solitários no planeta Terra, pulava para a trajetória da corte de D. João no Brasil do começo do século XIX.
Empenhava-me também em acreditar no academicismo sociológico de dados e estatísticas e suposições de causa e efeito, que imprimem um arcabouço teórico a um fenômeno carismático suportado pela conjuntura mundial - embora pra mim uma mera lula a mais num oceano pragmático/ideológico de fauna diversa - tentando esquecer da (suposta) frase atribuída ao sociólogo FHC (ele nega), então governo: "Esqueçam tudo que eu escrevi".
As vezes trazido de volta ao racionalismo cético do velho lorde, a única saida para a raça humana, dizia ele, sempre pacifista, embora fosse impossível não me emocionar com a vitória heróica da fictícia guerra de Benito, em contraponto com a realidade nua e crua de uma Vera Magalhães. E novamente chocado com nossa história nefasta de peculato, corrupção, cujo rastro na índole nacional parece ser indelével, nos colocando a mil anos luz da utopia Darcyniana de Brasil.
Sinto-me então abatido por um niilismo fantástico.
Sei que chegamos até aqui. Agora gostaria de muito, muito mais do que o que vejo nos noticiários.
Passei por Judt e Russell para me embrenhar por Gleiser e Laurentino e entender melhor a história de nosso caminho. Terminei num mar de brejais onde seres como os que hoje habitam a política nacional nos compelem de volta ao papel de coadjuvantes sociais, sempre.
De que adiantam então as análises sociológicas pasteurizadas, sem alma, circunscritas ao academicismo de universidades? Nenhum ideal nesse nosso terreno árido.
Desolado repito o Guaianã/Barreto:
"...com o Cafaia se alistassem e o seguissem quantos ali ainda achavam possível refazer a vida e nisso acreditassem; que com o João do Vau ficassem os homens de fé, que buscam a Deus e temem o Diabo; e viessem comigo os que já não crêem em nada.
Montei o meu cavalo. Em verdade não querendo mais ninguém comigo, ou só talvez o Maximino. Talvez.
Mas quando me voltei, já à saida do arraial, pesado era o tropel e bem alta, infelizmente, a poeira que na estrada levantavam atrás de mim."[1]
E o risco do abismo...
_____________________________________
[1] BARRETO, Benito. Cafaia, o Diabo do Povo. Belo Horizonte: Interlivros, 1975.
Em meu último aniversário ganhei 'Criação Imperfeita', do Marcelo Gleiser. Já vinha lendo os 'Ensaios Céticos' do Russell quando resolvi também comprar 'Lulismo' do Rudá Ricci e '1808' do Laurentino Gomes.
Havia terminado então a leitura das 'Reflexões sobre um Século Esquecido...', do Judt.
O resultado foi um caldeirão contraditório.
Ao mesmo tempo em que me emocionava com o desfecho da epopéia sertaneja do Guaianã, embora hoje anacronica, depois de dissecadas todas as revoluções comunistas, seus Kmers Vermelhos, Expurgos e Holodomores, totalitarismos grotescos analisados por Judt, deparava-me com a verdade científica da fisica quantica e a origem da matéria. De nossa solidão num universo frio e em expansão acelerada e da raridade no cosmo das condições necessárias à sopa pré-biótica para produzir organismos vivos de alta complexidade molecular como nós, solitários no planeta Terra, pulava para a trajetória da corte de D. João no Brasil do começo do século XIX.
Empenhava-me também em acreditar no academicismo sociológico de dados e estatísticas e suposições de causa e efeito, que imprimem um arcabouço teórico a um fenômeno carismático suportado pela conjuntura mundial - embora pra mim uma mera lula a mais num oceano pragmático/ideológico de fauna diversa - tentando esquecer da (suposta) frase atribuída ao sociólogo FHC (ele nega), então governo: "Esqueçam tudo que eu escrevi".
As vezes trazido de volta ao racionalismo cético do velho lorde, a única saida para a raça humana, dizia ele, sempre pacifista, embora fosse impossível não me emocionar com a vitória heróica da fictícia guerra de Benito, em contraponto com a realidade nua e crua de uma Vera Magalhães. E novamente chocado com nossa história nefasta de peculato, corrupção, cujo rastro na índole nacional parece ser indelével, nos colocando a mil anos luz da utopia Darcyniana de Brasil.
Sinto-me então abatido por um niilismo fantástico.
Sei que chegamos até aqui. Agora gostaria de muito, muito mais do que o que vejo nos noticiários.
Passei por Judt e Russell para me embrenhar por Gleiser e Laurentino e entender melhor a história de nosso caminho. Terminei num mar de brejais onde seres como os que hoje habitam a política nacional nos compelem de volta ao papel de coadjuvantes sociais, sempre.
De que adiantam então as análises sociológicas pasteurizadas, sem alma, circunscritas ao academicismo de universidades? Nenhum ideal nesse nosso terreno árido.
Desolado repito o Guaianã/Barreto:
"...com o Cafaia se alistassem e o seguissem quantos ali ainda achavam possível refazer a vida e nisso acreditassem; que com o João do Vau ficassem os homens de fé, que buscam a Deus e temem o Diabo; e viessem comigo os que já não crêem em nada.
Montei o meu cavalo. Em verdade não querendo mais ninguém comigo, ou só talvez o Maximino. Talvez.
Mas quando me voltei, já à saida do arraial, pesado era o tropel e bem alta, infelizmente, a poeira que na estrada levantavam atrás de mim."[1]
E o risco do abismo...
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[1] BARRETO, Benito. Cafaia, o Diabo do Povo. Belo Horizonte: Interlivros, 1975.
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Mestre
Fiquem tranquilas as autoridades.
No Brasil jamais haverá epidemia de cólera.
Nosso povo morre é de passividade.
Do Saite do Millôr
No Brasil jamais haverá epidemia de cólera.
Nosso povo morre é de passividade.
Do Saite do Millôr
Senado: Brejal do Sarney
Agência Estado
Publicação: 01/02/2011
Atualização: 01/02/2011
Depois da eleição que o reconduziu ao comando do Senado, o presidente José Sarney (PMDB-AP) convocou nova reunião de líderes para as 16 horas, a fim de concluir a composição da Mesa Diretora. Ao tomar posse no cargo pela quarta vez, Sarney reiterou que marcha mais uma vez para o "sacrifício pessoal", abdicando de seu desejo de se dedicar à literatura. Em nenhum momento ele mencionou a sucessão de escândalos que protagonizou em 2009.
Leia reportagem na íntegra no UAI: Sarney
________________________________________________
Pensemos pelo lado positivo: melhor um Sarney no Governo que na literatura.
Na literatura seu estrago é do tamanho do 'Brejal dos Guajas'. E como diria Millôr, "em qualquer país civilizado Brejal dos Guajas seria motivo para impeachment."
Agora... até quando suportaremos acintes como este: Sarney reiterou que marcha mais uma vez para o "sacrifício pessoal" ???
E pensar que os egipicios se rebelaram só porque Mubarak está "mandando" há 30 anos.
"Sir Ney" se gaba de que é o parlamentar mais antigo em atividade no Congresso, "ultrapassando Rui Barbosa", tendo ingressado na Casa em 1955. Assistiu a mais de 50 comissões parlamentares de inquérito (CPIs) e que nenhuma delas levantou qualquer coisa contra ele ou sua conduta pessoal. Omitiu o escândalo dos atos secretos onde foi alvo de seis representações por quebra de decoro no Conselho de Ética em 2009, todas arquivadas sem julgamento.
ATÉ QUANDO???
E onde é que foram parar as fitas do sistema de segurança???
Publicação: 01/02/2011
Atualização: 01/02/2011
Depois da eleição que o reconduziu ao comando do Senado, o presidente José Sarney (PMDB-AP) convocou nova reunião de líderes para as 16 horas, a fim de concluir a composição da Mesa Diretora. Ao tomar posse no cargo pela quarta vez, Sarney reiterou que marcha mais uma vez para o "sacrifício pessoal", abdicando de seu desejo de se dedicar à literatura. Em nenhum momento ele mencionou a sucessão de escândalos que protagonizou em 2009.
Leia reportagem na íntegra no UAI: Sarney
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Pensemos pelo lado positivo: melhor um Sarney no Governo que na literatura.
Na literatura seu estrago é do tamanho do 'Brejal dos Guajas'. E como diria Millôr, "em qualquer país civilizado Brejal dos Guajas seria motivo para impeachment."
Agora... até quando suportaremos acintes como este: Sarney reiterou que marcha mais uma vez para o "sacrifício pessoal" ???
E pensar que os egipicios se rebelaram só porque Mubarak está "mandando" há 30 anos.
"Sir Ney" se gaba de que é o parlamentar mais antigo em atividade no Congresso, "ultrapassando Rui Barbosa", tendo ingressado na Casa em 1955. Assistiu a mais de 50 comissões parlamentares de inquérito (CPIs) e que nenhuma delas levantou qualquer coisa contra ele ou sua conduta pessoal. Omitiu o escândalo dos atos secretos onde foi alvo de seis representações por quebra de decoro no Conselho de Ética em 2009, todas arquivadas sem julgamento.
ATÉ QUANDO???
E onde é que foram parar as fitas do sistema de segurança???
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