quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Tudo velho, de novo.

O Brasil da Lula, do PT, do sindicalismo fica cada dia mais previsível, e careta. Para que as coisas continuassem como estão, sem sobressaltos ou grandes mudanças no estilo, squid inventou "Dilma, a muda" e botou o bloco na rua para limpar do senado qualquer vestígio de oposição (que aliás, é uma m...  também).
A votação do mínimo e todo o mise-en-scène no congresso foi tão previsível que nem dá mais pra ganhar dinheiro fazendo análise ou futurologia política. Os mais simples prognósticos serão sempre verdadeiros, a menos que venham do Paulo Henrique embasados pela Vox Populi, ai já seria chafurdar em propaganda chapa branca travestida de jornalismo, e errar, é claro (nem sempre a vox do polvo é a vox dei). PH é pig... ele realmente é!!!
Mas voltando à vaca fria e esquecendo o porco, a votação circense no congresso é o exemplo mais fresco e emblemático da política que se faz aqui nesse nosso sítio. Aliás, só o palhaço não precisou se fantasiar de deputado. Pra quê???
As centrais fingem que rompem com o governo, a oposição finge que apita alguma coisa e o governo... bom, o governo desgoverna.
O que me conforta é que a reforma política da Dilma será encabeçada pelo Senhor das Trevas, Sarney. O autor do 'Brejal...' e membro da academia conhece de artes negras. Só não rasga dinheiro em ritual de magia ou macumba (nem ele nem o Edir, nem o PH). Bom, o resultado já sabemos. Dispensamos então os analistas políticos e seus prognósticos.
No mais é esperar pelo próximo vaudeville na votação da matéria.
(...)
Olha, Millôr foi internado dia 04 numa clínica da Gávea após sofrer um AVC (dizem). Era o único de quem ainda se ouvia alguma coisa que valia a pena na imprensa brasileira. Tem o Guilherme Fiuza (Meu Nome não é Johnny), porém sem a mesma verve. De resto, só o óbvio.
Olavo, talvez, mas esse já se mandou para os states.
Acho que se pudesse, "montaria também no porco", amanhã mesmo. Pra aguentar só bêbado ou de longe. Isso ou me tornar mais um obliterado pela ignorância militante, tolo congênito peão do xadrez partidário ou oportunista em busca de benesses, cargo ou sinecuras.
Como não quero morrer de cirrose, nem vender minha alma ao Jurabé do fisiologismo partidário, e no xadrez prefiro as peças mais nobres, melhor pensar em : (1) aeroporto internacional; (2) um destino menos deprimente; (3) ipod no ouvido, Toninho, Wes, Metheny, ELP, Rick Wakeman, Beto, Milton, Led, Stones, etc.
Único lenitivo: permanecer em transe com música boa.

PS Caso opte (como essa palavra ficou feia) pelo aeroporto, evidente que escolherei um vôo que passe bem longe da Venezuela, just to be in the safe side. Vai que dá uma pane... prefiro morrer no oceano Atlântico, bem longe de Huguito.
Parafraseando Fidel, "creo que, como (el arquitecto brasileño Oscar) Niemeyer, debemos ser 'inteligentes' hasta el final."

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