terça-feira, 2 de agosto de 2011

Joguem o sofá pela janela


Os envolvidos e interessados abusam da erística, propaganda, dos jargões e estratagemas pouco "ortodoxos" para tampar a grande m... que é esse tal de "governo de coalisão".


Alfredo Nascimento foi à tribuna do Senado hoje para dar um recado: “Paulo Bernardo me conhece; Mantega me conhece; Dilma me conhece…” 
Ameaça?!?! Bem, "quando eu era criança pequena lá em Barbacena..." pingo era letra. Agora, os tempos são outros e qualquer declaração boçal do "filho do Brasil" costuma "explicar tudo" (apagar o incêndio). Vivemos a era das analogias rasteiras como verdades científicas. Endossadas pelo MEC, btw.

Nascimento disse mais: “Quando saí, junto com a presidenta Dilma, então ministra, o PAC do Ministério dos Transportes significava um pacote de investimentos da ordem de R$ 58 bilhões. Quando retornei, já estava em R$ 72 bilhões. Dediquei os primeiros 90 dias de gestão a uma imersão em todos os projetos e ações programadas em andamento. Em fevereiro, fui o primeiro a perceber a disparada dos gastos previstos e determinei um pente fino para conhecer a origem de tal movimentação”.

A coincidência parece não incomodar: a explosão de gastos se deu em 2010, ano da campanha eleitoral para a Presidência. 

A presidenta disse - tão enigmática quanto possível - que medidas contra a corrupção serão tomadas, porém não pautadas por "medidas midiáticas"(sic).

Olha, isso faz tanto sentido quanto o resultado da piada infame sobre o corno que pega a esposa em casa com outro no sofá. 
Solução do problema? 
Clichê: cale a mídia "golpista", "burguesa", "bla bla bla".

E jogue fora o sofá, só pra garantir.

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