sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Notórios farsantes

Do 'Dicionário Irrefletido' do guru trago o seguinte:
Ideologia — Bitola estreita para orientar o pensamento. Não existe pensador católico. Não existe pensador marxista. Existe pensador. Preso a nada. Pensa, a todo risco. A ideologia leva à idolatria, à feitura e adoração de mitos. E, finalmente, ao boquete ideológico.
(...)
Uns festejam o consumo, esse mesmo execrado há pouco como um dos males capitais do capitalismo, "herança maldita" da Revolução Industrial e do liberalismo econômico profetizado por Adam Smith.
Na horda estão eles, exatamente eles, que sempre bateram quando não estavam lá, elucubrando teorias improváveis, exegeses inócuas, masturbações sociológicas de cátedras do próprio ego no espelho.
Falam até em 90 anos de tradição como reduto inexpugnável da ética e bondade. Contam até com o apoio de notáveis "notórios" em "ética e bondade" como Dirceus, Lulas, não menos inexpugnáveis - só pelo dinheiro e poder, não necessariamente nessa ordem. Nada com os 100 milhões de cadáveres... que não contam, não falam, mortos...
Já desisti de entender.
"Não consigo entender sua lógica..."
(...)
A hipocrisia é a práxis política. Na verdade, seu primado. Nesse círculo desvirtuoso de sempre inovar no cinismo, algumas imagens instigam-me instintos ancestrais. Até mataria.
Mas diferentemente deles, não pela cegueira da "moral revolucionária", espécie de salvo conduto ético, falsa panaceia universal para atrocidades, vigésima segunda condição dessa "catedral do avesso do pensamento humano".
Muito menos por supressão de provas ou testemunhas, paúra, impunidade.
Esganaria sim, mas não para calar o que fere, a verdade cortante, o monstro no espelho. Muito menos pela sufocação do inimigo.

Faria por raiva. Pueril. Infantil.
Raiva do engodo, do engano. Raiva da estultícia, do poder como legião exploradora dos tontos.
Mataria de raiva. Feito criança.

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