Não aceito ser encabrestado por censura ideológica.
Comigo, quem decide o que e quem ler sou EU! Mais ninguém. Afinal, a inquisição medieval acabou, embora tenha queimado "hereges" e livros demais.
O patrulhamento é artifício sujo, arma comum dos novos-velhos revolucionários que querem cercear a opinião padronizando-a sob o falso auspício das falsas boas intenções, com suas falsas causas. É tudo falso. Ditadura é o único objetivo dessa gente que não convive com as diferenças, diversidade de opiniões, embora direcionem a pecha de preconceituosos exatamente contra os outros ("chame-os do que você é!"). O mais que fazem é coisa de quem prefere isolar questionamentos, desqualificá-los sem debate ou explicação, já que argumentação lógica é item faltante a esses guerreiros anacrônicos. E embora só falem da velha ditadura - pela mais absoluta falta de novos vilões a serem personificados (lembrem-se, eles mandam em tudo há mais de 8 anos com trânsito livre e muito dinheiro. Eles podem tudo) -, omitem, descaradamente, que os tais heróis que pegaram em armas contra aquela ditadura só queriam outra, a ditadura da esquerda, deles. Isso sempre foi só trocar seis por meia-dúzia.
Nelson Rodrigues, um simpatizante confesso daquele regime morto (felizmente) há mais de 26 anos, dizia: "Ah, os nossos libertários! Bem os conheço, bem os conheço. Querem a própria liberdade! A dos outros, não. Que se dane a liberdade alheira. Berram contra todos os regimes de força, mas cada qual tem no bolso a sua ditadura."
Hoje entendo perfeitamente o que queria dizer com aquilo.
Vera Magalhães, a Loura 90 do MR-8, em documentário para o programa 'Memória Política' da TV Câmara revelou abertamente o que a propaganda esquerdista sempre tenta suprimir e o que Nelson sabia perfeitamente: "... não éramos exatamente contra a ditadura, éramos contra a ditadura militar burguesa, mas nós éramos a favor da ditadura do proletariado" (sic).
No balanço de sua vida, porém, ao final da entrevista, confirma a clarividência de todos os que crescem, um dia: "eu sou contra a ditadura do proletariado, sou contra qualquer ditadura, não sei nem se existe o proletariado, não sei se existe a concepção marxista do proletariado... não tem nada daquilo, acabou" (sic).
Vera morreu sem receber indenização milionária como a do Ziraldo ou a do Jaguar. Tampouco fez uso político de sua história angariando pra si a responsabilidade pela redemocratização do país, que aliás, foi conquistada por quem ficou e não pegou em armas.
(...)
Millôr disse que "imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados". A estratagema erística de culpar a mídia denuncista, golpista enquanto não esclarecem coisa NENHUMA é o modus operandi herdado do mensalão.
Zé Dirceu, ao invés de falar de "tempos de planície", deveria é ensinar-nos como fazer tanta grana com consultoria, ou escrever um manual de como transgredir a lei e nunca ser pego por ela. Isso poderia ser um novo marco da ciência jurídica, provando que a velha senhora não é mesmo cega (imparcial) e que "certas" pessoas estão mesmo acima da lei. Squid já sabia disso, até disse que Sir Ney não poderia ser tratado como uma pessoa comum. Lá se vão 6 anos do primeiro escândalo e 3 do segundo (o dos atos secretos).
Essa história de “marco regulador da comunicação social - ordenamento jurídico que amplie (???) as possibilidades de livre expressão de pensamento e assegure o amplo acesso da população a todos os meios“ é que é coisa de reacionário. Eu quero é que a imprensa devasse a vida dessa banda podre toda. Eles é que provem o contrário.
Claro, como porém é impossível refutar fatos, provas, vamos ao de sempre: "mídia denuncista, PiG... blá, blá, blá".
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Li 'O que sei de Lula' do Nêumanne. Sem surpresas. Diria apenas que squid nunca me enganou.
'Tempos de Planície' seria tarefa indigesta tanto quanto ler 'O Dono do Mar', do Sir Ney. Ai também já é pedir demais, há limites para meu estômago. Entre esses dois Zés, acho que fico com o João... Guimarães Rosa.
Por falar em Guimarães, 'A vida quer é coragem', de Ricardo Amaral, com aquela foto lindinha da Dilma também não me convence. Lerei, embora "O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem" seja também de Rosa, no Grande Sertão.
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