O fim é nossa única certeza... clichê nefasto!
Para alguns o lenitivo é a vida eterna, a crença na vida após a morte desfrutada por uma alma imortal, o princípio fundamental de muitos ramos religiosos como hinduísmo, cristianismo, zoroastrismo, islamismo, judaísmo e baaísmo.
Quem sou eu para concordar... ou discordar. Esta é a única hora em que minha ignorância e sinceridade me permitem, sem maiores danos, permanecer intocavelmente em cima do muro, repetindo "não sei".
Da Wikipédia:
Não se sabe se a imortalidade física humana é condição possível. Formas biológicas têm limitações inerentes que podem ou não ser superadas através de intervenções médicas ou técnicas. A partir de 2009 descobriu-se a imortalidade biológica em pelo menos uma espécie, o Turritopsis nutricula,[1] uma água-viva.[2]
Alguns filósofos, cientistas e futurólogos como Ray Kurzweil defendem que a imortalidade será possível em humanos nas primeiras décadas do século XXI. Outros defensores acreditam que o prolongamento da vida é uma meta mais viável a um futuro indefinido, com mais avanços da ciência, medicina e tecnologia. Aubrey de Grey, um pesquisador que desenvolveu uma série de estratégias de rejuvenescimento biomédicos para inverter o envelhecimento humano (chamado SENS), acredita que sua proposta de plano para acabar com o envelhecimento pode ser implementável em duas ou três décadas. A ausência de envelhecimento proporcionaria aos seres humanos a imortalidade biológica, mas não a invulnerabilidade à morte por lesão física.
(...)
Porém, aceitar o fim é outra história.
Não ser vulnerável à morte tem sido objeto de fascínio desde o início da História.
A Epopeia de Gilgamesh, cujo registro mais completo provém de uma tábua de argila escrita em língua acádia do século VII a.C. pertencente ao rei Assurbanipal, tendo sido no entanto encontradas tábuas com excertos que datam do século XX a.C., caracterizando assim o mais antigo texto literário conhecido, é essencialmente a busca de um herói pela imortalidade.
Então confesso, queria mesmo acreditar.
A dor anda me compelindo a clamar aos céus por salvação.
Enquanto a ciência não vem, a finitude da vida é mesmo o meu abismo da "coerência".
____________________________________
[1] Gilbert, Scott F. (2006). Cheating Death: The Immortal Life Cycle of Turritopsis.
[2] 'Immortal' jellyfish swarming across the world. Telegraph Media Group (January 30, 2009).
Nenhum comentário:
Postar um comentário