Rapaz, de twittismo entendo nada não. Menos ainda de redes sociais, afinal, sou apenas um caipira pernóstico, daqueles que gostam de pensar difícil ou fazem de um tudo para parecer que é assim, ainda que provincianamente - com aquela discrição sepulcral que distingue derradeiramente os mineiros dos baianos. Escondo-me em "complicações" calculadas para afastar abelhudos e a turba insana que fareja sangue fresco à distância com seus faróis politicamente corretos.
Mas mentiria se dissesse que não quero ser lido, isso é bobagem. Só não pago o preço e nem transgrido algumas normas tácitas inventadas por mim mesmo, pautadas por timidez e meu orgulho, talvez, mas das quais não abro mão.
Ai, caso queira realmente ler, é opção só sua, pois terá de realizar o esforço de navegar e me achar na Net. Não mando mails, não posto no face ou no twitter.
Eu sei, as redes são a nova arma da mobilização e do engajamento. Vide a primavera árabe, antes o quebra-quebra em Londres, mas veja também as brigas entre torcidas organizadas agendadas luxuosamente nas redes. Nessas primaveras não há flores. Veja também a invasão de privacidade, o moedor de reputações cujo rotor são vídeos que não deveriam ser públicos ou simplesmente calúnias devidamente plantadas como estratagema de engenharia social de fim escuso e quase sempre duvidoso. Nada de legislação na Net, ainda.
É o faroeste moderno onde avatares sacam suas armas em duelos na "rua principal" e abatem displicentemente qualquer transeunte mais incauto.
Só que os cowboys aqui costumam não ter a menor graça.
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Imagem: do filme brasileiro 'Rogo a Deus e Mando Bala' de 1972 escrito e dirigido por Oswaldo de Oliveira.
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