sábado, 15 de setembro de 2012

Tito, A Queda, a esquerda, o sarcasmo e o lado direito do cérebro

Mino Carta não gosta do Mainardi. PHA não gosta do Mainardi. Lula não gosta do Mainardi (muy certamente Marilena, Safatle, Quartim também não).... Basta!!!  Razão suficiente para comprar seu último livro. Afinal, MC, PHA, squid e uns tantos são uma espécie de filtro ao avesso, um controle de qualidade com o sinal trocado: o que eles disserem, faço exatamente o contrário. Batata! Nunca falha.

A Queda - As memórias de um pai em 424 passos - é bárbaro. Comprei o livro na hora do almoço e o terminei à noite. De Ezra Pound a Dante Alighieri passando por Menguele, Christy Brown, Vertigo, Proust, transformers, Neil Young, Giacomo Leopardi, tantos, distantes, separados, juntos, cambaleantes como os passos de Tito. Demandou-me um bom tempo pesquisando um e todos.
Esse pra mim é sem dúvida o grande legado de um bom livro, você sair melhor.

Evidente que estou na contramão do politicamente correto imposto pelas minorias majoritárias onde menções a Shakespeare, à Divina Comédia e até a Monteiro Lobato podem soar como preconceito, racismo ou como outra palavra-gatilho psicoticamente socializada hoje em dia. No mínimo e melhor das hipóteses me chamariam de pernóstico burguês conservador, reacionário e me mandariam ir ver a meninada batendo lata no Morro do Cantagalo (precisava ser lata? Não dava pra ser violão sete cordas, cavaquinho, pandeiro e cuíca??? Desde Noel, Cartola, Nelson Cavaquinho morro e favela tão mais pra samba pô!!!).
Aliás, essa turma nunca terá uma compreensão exata de alguns autores, falta-lhes a integridade do hemisfério direito do cérebro responsável por interpretar o sarcasmo e a ironia.
Isso mesmo, provavelmente áreas destruídas por anos de disseminação ideológica compulsiva, pouca leitura ou leitura patrulhada, dirigida, militância cega... É muita carta capital, conversa afinada...

Mas deixe-me esclarecer, do 'HowStuffWorks' trago trechos do artigo abaixo:
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 O Sarcasmo na literatura [1]
Embora não seja possível identificar a primeira vez em que foi utilizado, o sarcasmo, sempre foi importante na literatura (juntamente com a sátira) como uma espécie de humor ou simplesmente uma maneira de expressão. Muitos estudiosos da Bíblia mostram exemplos de sarcasmo nas escrituras sagradas. Eclesiastes 11:9 diz: "alegra-te, mancebo, na tua mocidade, e anime-te o teu coração nos dias da tua mocidade, anda pelos caminhos do teu coração e pela vista dos teus olhos. Sabe, porém, que por todas estas coisas Deus te trará a juízo" (Nova Versão Padrão Americana). Muitos estudiosos bíblicos interpretam isso como "se quer ser julgado por Deus, faça o que quiser".

William Shakespeare é conhecido pelo seu uso de sarcasmo. Na peça "Júlio César", o personagem de Marco Antônio faz um discurso no funeral de César que começa da seguinte maneira: "amigos, romanos, cidadãos dêem-me seus ouvidos". Nesse discurso, Marco Antônio repete a frase "homem honrado" diversas vezes, referindo-se a Brutus, cujos atos (assassinato de César) foram tudo menos honrados. Tal repetição causa o efeito de inverter completamente o significado literal da frase.

Quando o sarcasmo é escrito em vez de falado, o leitor deve ser capaz de identificá-lo no contexto, já que não há entonação de voz. Essa dificuldade pode ser a origem da suposição, "o sarcasmo é a pior forma de sagacidade, mas a melhor forma de inteligência".
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Mas é da BBC News que trago a pesquisa que menciona as áreas do cerébro responsáveis pela interpretação do sarcasmo. E adivinhem? Estão do lado direito.
Por isso todos eles ainda repetem como papagaios "o Mainardi só escreve por dinheiro" (o Mino não. O PHA também não), tudo consequência de um artigo dele carregado da mordacidade que alguns cérebros danificados não podem ou querem entender. Sempre foi assim. Por isso mesmo nada de Voltaire, Orwell, Schopenhauer... Dá indigestão... mental.
Image of the brain
The scientists pinpointed three important brain areas
Scientists say they have located the parts of the brain that comprehend sarcasm - honestly.
By comparing healthy people and those with damage to different parts of the brain, they found the front of the brain was key to understanding sarcasm.
Damage to any of three different areas could render individuals unable to understand sarcastic comments.
The Israeli team from Haifa University told Neuropsychology how their findings might help to explain autism features.
Autistic children can have problems interpreting sarcasm as well as other social cues such as emotions.

If someone has a problem understanding a social situation, he or she may fail to understand the literal language
Researcher Dr Simone Shamay-Tsoory
This same skill is sometimes lost in people with brain damage, suggesting similar brain regions may be involved in autism.
Brain scan studies of autistic children have shown that they have different activity in the frontal lobe to other children.
Dr Simone Shamay-Tsoory and colleagues studied 25 people with prefrontal lobe damage, 16 with damage to the posterior lobe of the brain and 17 healthy volunteers.
They played the study participants tape-recorded stories, some sarcastic and some neutral.
An example of sarcasm was "Joe came to work, and instead of beginning to work, he sat down to rest. His boss noticed and said to Joe 'don't work too hard.'"
In fact, what Joe's boss actually meant by his comment was "you are a slacker".
In the neutral version Joe came to work and began work immediately. His boss made the same "don't work too hard" comment, but this time, he actually meant that Joe was a hard worker.
The volunteers who had damage to their prefrontal lobes were unable to correctly interpret the sarcastic story, while all of the other participants could.
Anatomy
Dr Shamay-Tsoory said this fitted with what is already known about the anatomy of the brain.
She said language areas on the left hand side of the brain interpret the literal meaning of words and the frontal lobes and the right side of the brain understand the social and emotional context.
An area called the right ventromedial prefrontal cortex then integrates the literal meaning with the social/emotional context, which will reveal any sarcasm.
"A lesion in each region in the network can impair sarcasm, because if someone has a problem understanding a social situation, he or she may fail to understand the literal language," she said.
A spokeswoman from the National Autistic Society said: "The causes of autism are still being investigated.
"Many experts believe that the pattern of behaviour from which autism is diagnosed may not result from a single cause.
"There is strong evidence to suggest that autism can be caused by a variety of physical factors, all of which affect brain development."

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Fontes:
[1] - http://pessoas.hsw.uol.com.br/sarcasmo2.htm
[2] - http://www.hsw.uol.com.br/framed.htm?parent=sarcasmo.htm&url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/health/4566319.stm 

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